terça-feira, 15 de abril de 2014

Dia 10 - Quinta-feira, 27 de março

  • O que vocês fizeram? 
Está tendo o Baião Ilustrado, evento de ilustração (no caso), e o palestrante da noite era o quadrinista Rafael Coutinho. Chamei MB para ir comigo, esquecendo completamente que ele tinha que dar aula à noite, mas mesmo assim fui assistir a palestra sozinha.

Depois que terminou, MB foi me buscar, e saímos para tomar uns bons drinks no Bar Sacada. Tinha um menino tocando, que (acho eu), era irmão mais novo de um paquera meu no tempo do colégio, mas que hoje em dia já era um homem feito. Conversamos primordialmente sobre o tempo, e como ele passa, e como já já vamos fazer oito anos juntos.

Mas, como sempre, também, rimos um monte. Pedimos a porção de nachos, que é uma maravilha, mas veio picante por demais. E foi uma batalha não ganha. Saímos de lá com os olhos ardendo com a pimenta, cansados do dia cheio, mas de uma forma muito improvável, super felizes. 
  • Como você acha que o outro estava?
Ontem encontrei por acaso uma carta que tinha escrito a uma amiga, contando para ela algumas coisas de MB logo no comecinho do namoro. Achei a carta toda estranha e comentei com ele, e acabei mandando para ele ler. Hoje ele estava especialmente mais carinhoso, e falou da carta com muito amor.

Fiquei feliz de ter encontrado isso, assim, tão do nada, e esse relance do passado ter deixado ele tão feliz. Foi tipo uma carta para mim, há oito anos atrás, sabe? Só que ele teve a oportunidade de ler, e entender, e se apaixonar mais um pouco.

Tanto que, quando estávamos entrando no carro, ele disse: hoje me apaixonei mais um pouquinho por você.

Oh, yes.
  • Como você estava? 
Passei o dia ansiosa com a palestra, porque conhecia um pouco o trabalho do Rafael Coutinho pelo Cachalote. Cheguei no evento e fiquei ainda mais ansiosa, por estar numa escola de artes, ouvindo todos aqueles alunos com a empolgação estudantil de mil projetos, tempos livres, oficinas que parecem maravilhosas e cursos que eu daria um mindinho para ter cursado.

O problema é que tudo isso só acontece durante o expediente, e não é todo mundo que tem esse tempo livre. É muito estranho para mim ver onde estou agora: na posição de adulta, com emprego fixo, sapatilhas (aguardo ansiosamente uma cópia da seguinte pesquisa científica: Os Alunos e as Chinelas Havaianas), ganhando um salário todo fim de mês. Com contas a pagar e planos.

Sinto um pouco de falta dessa descontração, ao mesmo tempo que fico espantada ao ver o quanto eu mudei em tão pouco tempo. E sempre aquela pergunta: é isso mesmo que eu quero da minha vida? O que eu estou fazendo?!

Mas, no momento, sim, é. Eu estou fazendo exatamente o que eu queria estar fazendo. E, de quebra, ainda estou tendo primeiros encontros novamente com o homem da minha vida. Não é todo mundo que tem essa sorte, certo?

  • Você queria ter feito algo diferente? 
Hoje? Nada.

Talvez pedido o nachos sem pimenta.


  • Mais alguma coisa?
MB se apaixonou por mim de novo! F-ck yeah!

6o Baião Ilustrado

  • O que vocês fizeram? 
Mais um daqueles dias em que eu trabalho até mais tarde. Casamento tá ai, todo e qualquer dinheiro é necessário.
Como já não fizemos nada ontem, me senti com o dever moral de propor alguma coisa legal.
Quando meu expediente infinito acabou, fui buscar ela no Dragão do Mar, estava tendo uma palestra sobre quadrinhos e tudo. Com um dos caras mais fodas daqui do Brasil, Rafael Coutinho.
Por fim, a gente foi pro Sacada bar, um lugar completamente fora dos nossos padrões. Música, bebida e comida. Pra falar a verdade fomos pelos Nachos, mas mesmo assim, era um lugar incomum. Por incrível que pareça, os tais Nachos estavam MUITO picantes e mal conseguimos comer...
Acabou que a música foi agradável, e a noite também.
  • Como você acha que o outro estava?
Ela estava super empolgada e feliz, aparentemente a palestra foi incrível, motivadora e bela. Rolou uns papos leves de trabalho, mas nada que fosse infinitamente improvável.
Geralmente quando ela vê essas palestras, fica meio desmotivada, “todo mundo tá fazendo arte, menos eu”.
Mas dessa vez não, ela ficou bem, percebeu que tem um emprego legal, é feliz, ganha bem e que ainda faz arte. De um jeito ou de outro.
  • Como você estava? 

Bem, as vezes trabalhar até depois das 20 horas não cansa tanto. Acho que eu estava feliz, tentei conversar bastante com ela, pra compensar o dia anterior.

Ah, e ontem ela me mostrou uma carta que tinha escrito quando a gente tava no começo do namoro pra uma amiga dela. Foi a coisa mais pessoal e linda do mundo.

  • Você queria ter feito algo diferente? 

Bem que os Nachos poderiam estar do jeito que a gente lembrava como fomos lá pela primeira vez, acolhedores, cheios de sabores e crocantes.

  • Mais alguma coisa?
Depois de uma saída leve dessas, dá vontade de fazer isso todo dia. Mas ao mesmo tempo não. É bom só curtir o tempo com ela.





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