quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Eu, você, nós dois


Sim, brigamos, sim, demos um tempo (no projeto). Por sinal, nunca nesses 8 anos e meio de namoro demos um tempo real. Dar um tempo mesmo, aliás – sei nem o que isso significa ou implica, enfim. 

Acho que eu entrei no projeto, pelo fato simples de apoiar e concordar com tudo que a Gabriela faz. Devo dizer que fiz a minha parte, mas ajudei quase nada, opinei o mínimo, auxiliei o mínimo. Acho que tive medo. Não sou uma pessoa aberta. Quem me conhece um pouco sabe que eu posso estar morrendo, que não direi nada, no máximo digo que não estou muito bem e fica por isso mesmo. E de repente! Exposição pública aleatória.

Eu não estava preparado.

Eu sei, eu sei, sou professor, estou me expondo o tempo todo, mas é BEM diferente: eu fui treinado pra isso, eu fui moldado pra isso, obrigado Bane pela colaboração, nunca me falaram que eu deveria falar da minha vida assim, abertamente, dar a cara a tapa por nada e a troco de “nada”, só pra provar que o amor existe na vida real.

Confesso que esse medo me privou de muitas coisas nos primeiros 21 dias do projeto. Não que eu tenha feito algo a menos, mas é que eu não me sentia bem pra expor o dia, pra tirar fotos, pra fazer o que era necessário, eu queria fazer e fiz o mínimo. Talvez por isso foi tão fácil dizer “vamos parar o blog um tempo?”. E não era só o blog. Tinha a vida também no meio. Descobri que sou um péssimo noivo. Descobri que era um ótimo namorado. Descobri que farei de tudo para ser o melhor marido. (voltei até a usar a aliança no dedo errado)

Mas meu ponto principal não é um pedido de desculpas furado, é uma exposição maior e geral. Sim, estou pronto. Sim, vou dar minha cara a tapa, Sim, farei o que for preciso e o que vier na telha, Sim, já planejei o date surpresa, finalmente! Boa, Batman, boa. Demorei, mas esse tempo foi essencial pra que eu conseguisse, finalmente, me dedicar completamente.

O amor a maioria das vezes é assim: é puro e demora pra começar, mas quando começa é a melhor coisa que existe, e a mais simples. Só precisa de duas pessoas com o mesmo sentimento.


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